quarta-feira, 31 de março de 2010

Não é NÃO!

Qual será o verdadeiro significado de um NÃO? Será que NÃO, pode significar um SIM, mas como uma vontade reprimida? Tenho minhas dúvidas. Quer dizer tinha minhas dúvidas.
Em uma visão masculinizada e machista, um NÃO, recebido de uma menina, pode não significar isso. Um "NÃO", falado por uma menina significa que é "NÃO SEI, ME CONVENCE". Significa que ela tá fazendo charminho. Que tá se fazendo de gostosa, ams que tá louca pra dizer sim. Que com mais um pouco de insistência, ela vai ceder, poruqe eles sabem que ela/elas querem isso.
É sempre assim. Nas festas os meninos puxam as meninas pra conhecer e elas dizem: " não, já tô indo." Aí eles falam que é só conhecer e tal, pra ela ficar mais um pouco. Ou então quando querem dar um beijo ou dançar ou ficar ou conversar acham que sempre temos que estar dispostas a tudo. Nuncam aceitam um não. Acham logo que somos lésbicas e outras coisas.
Em uma visão feminista, Não, é NÃO! Uma afirmação negativa de algo. Não é um Não querer algo, ou querer não quer. Nem sempre estamos dispostas a tudo. A ceder em tudo. A aceitar tudo.
NÃO QUERO é uma vontade.
Porque que eles não conseguem entender que não é não. Que tem que respeitar nossas decisões. Que não somos obrigadas a fazer nada que não queiramos, nesses termos.
Quando nos tornamos grossas, para fazermos valer nossas vontades, somos as mal amadas e sei lá mais quantos adjetivos taxativos.
Esse fim de semana consegui dar o meu recado em uma festa,  acho que umas tres vezes. O maluco achou que eu era lésbica por ter tirado a mão dele do pulso de um amiga minha que não tava a fim de conhecer ele e nem ficar ali. As duas mãos no pulso. Isso é um absurdo. Como resposta recebi: Você é sempre assim tão possessiva? 
Um garoto me xingou de várias maneiras porque eu estava indo embora e ele queria dançar uma música comigo.Era só uma. Tava pra dar uns socos nele. Todo mundo ficou olhando, como se eu tivesse que ser simpática com ele e fosse a louca que não queria dançar.
Droga. Não é NÃO. E todos devem respeitar quando essa palavra é dita.
Aprendi isso na 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres com as meninas do WENdo. E é uma verdade que levarei por muito tempo no dia a dia da minha militância.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Marcha Mundial De Mulheres 2010

Depois de um tempo sem atualizar o blog por conta da terceira ação  internacional da Marcha Mundial das Mulheres 2010. Vou fazer uma postagem  da marcha mesmo, em São Paulo.
Nosso dia a dia está sendo muito difícil. Marchamos desde o dia 08 de campinas e já estamos em Jordanésia. Faltam ainda  3 cidades.
Acordamos todos os dias as 04h da manhã. São 2 mil mulheres de todo o Brasil. Arrumamos as malas. Tomamos café. Nos organizamos em fila. E saímos em marcha para a cidade seguinte. caminhamos as vezes 10, 12, 13, 14, 15 km por dia.Chegamos cansadas nos alojamentos. Descançamos um pouco. Almoçamos. Descansamos até as 16h e vamos para as formações até as 21h. reconlhemos-nos as 22 e no outro dia é tudo de novo.
Nos primeiros dias doeu tudo e muito, mas agora já estamos acostumadas com as rotinas. Temos um ideal maior que é a luta pela libertação das mulheres. E isso nos fortalece.
Seguiremos em Marcha, até que todas sejamos livres.
Tenho muita coisa pra contar, mas tô cansada e amanhã tenho 14km até Perus.
Bj.
Quando chegar tenho muitas coisasa pra contar.

sábado, 6 de março de 2010

Oficina de Clown - Casa da Juventude

Na semana que se passa a Casa da Juventude ofereceu uma oficina para o público jovem a qual se entitulava: Teatro Clown. Me isncrevi nela e participei de todos os cinco dias, assim como mais três amigos do PROCAMPO.

Os tres amigos
A oficina foi um sucesso. Percebi que é muito difícil ser palhaço. Deve haver muitos anos de treinamento para você conseguir achar seu palhaço e se tornar um bom palhaço. Desde os direcionamentos dos olhares como a expressão que seu corpo tem que tomar para cada ato que você for fazer.

Alguns palhaços
Aprendi que palhaço sabe tudo. Não há nada que um palhaço não saiba, mesmo que ele não saiba, tenta fazer.

A turma pronta
Para ser palhaço, você precisa encarar os seus medos, não ter medo de ser ou parecer ridículo, porque palhaço é isso, é ridículo.

Não ser ridículo
É aceitar tudo. Transformar-se quando põe o nariz e desfazer-se quando o tira.

Nos superamos
Ainda não encontrei o meu palhaço de verdade, mas estou caminhando pra isso.

Depois da cena
No curso conheci vária pessoas que se tornaram muito legais e que se superaram na oficina. Eu me superei.

AM e os Trovadores
Tudo foi muito bem ministrados por dois integrantes do grupo PALHAÇOS TROVADORES: a Cleice que nos ensinou a enxergar com o naris e ser clown e o Am que nos ensinou algumas coisas de técnicas circenses. Doeu muito!!!!! Principalmente nos preparos para  acrobacia. mas valeu muito a pena.


Clown
Ai registro que um dia fui Clown!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Palhaço

Palhaço
Sobe, desce.
Dá uma cambalhota, rebola.
Cai ao chão e dá um trambolhão.
Palhaço
Sempre com um sorriso.
Pronto a dar a mão.
Alerta, se alguém está triste.
Palhaço
Faz o salto do trampolim.
Pula como um canguru.
Parece feito de borracha.
Rebola, salta, sorri
Mesmo quando está triste
Não deixa de sorrir
As suas lágrimas não aparecem
Ficam lá dentro
Trancadas
Estranguladas.
Ah! Palhaço ser o que és não é fácil.
Mas é bom saber que existe
Cara alegre, quando se está triste.

terça-feira, 2 de março de 2010

Gripe A. Surto no Pará

Todos devem tomar cuidado agora...
12 já morreram em Cametá!!!
Nâo é fácil, viu... Palavra de ex-infectado...
Cuidem da higiene nas mãos e protejam vias aéreas.
Sespa confirma surto de gripe A no Pará

Em coletiva realizada na tarde de ontem, na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Ana Helfer, deu declarações surpreendentes a respeito da gripe A (H1N1). Entre elas, a informação de que hoje, no Pará, o vírus de maior circulação entre as pessoas é o H1N1 e não o influenza, que causa a gripe comum.

“Hoje em dia a probabilidade de uma pessoa que sentir os sintomas de uma gripe forte (febre alta, dor de cabeça, dor no corpo) estar infectada com o vírus H1N1 é altíssima”, ressaltou. A diretora também afirmou que, somente neste mês, três pessoas infectadas já morreram e o número de casos confirmados quadruplicou nas últimas duas semanas.

As fortes chuvas e o “relaxamento” das pessoas em relação aos cuidados para evitar a gripe A foram os fatores apontados pela Sespa para justificar as estatísticas negativas. “Estamos vivendo uma segunda onda da doença sim. Todo mundo esqueceu do vírus, menos ele, que não esqueceu dele mesmo e continuou a fazer suas vítimas”, declarou Ana Helfer.

CHUVAS

Segundo ela, nesta época de chuvas, os cuidados devem ser redobrados e, ao sentir os primeiros sintomas da doença - dor de cabeça, febre alta, dor no corpo e tosse - a pessoa deve procurar imediatamente um médico. “Não há mais um perfil específico de quem está mais propício a contrair o vírus. O H1N1 agora é democrático. Atinge a tudo e a todos”.

A Sespa garantiu que há leitos e medicamentos suficientes para atender a população. Na rede particular de saúde, os pacientes que apresentarem os sintomas da gripe A também devem exigir a medicação correta. “Os profissionais estão sendo orientados a não desvalorizar o paciente que chegar com os sintomas de uma gripe. Apresentando um quadro grave, o médico terá de prescrever imediatamente o Tamiflu”.

VACINA

Em decorrência do aumento do número de casos da gripe H1N1 no Estado, a campanha de vacinação, que estava marcada para começar em março, foi antecipada para a próxima semana.

No Pará, o primeiro a receber a vacina será o grupo denominado pelo Ministério da Saúde como prioritário, no qual estão os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos no combate à pandemia (médicos, enfermeiros, recepcionistas, equipes de laboratórios e profissionais que atuam na investigação epidemiológica). Os primeiros profissionais a serem vacinados serão os que trabalham no Hospital Universitário João de Barros Barreto.

Do dia 8 de março até 21 de maio a campanha se estenderá à população indígena, gestantes e doentes crônicos. No grupo especial estão as crianças de seis meses até dois anos de idade e adultos de 20 a 29 anos. “Não existe vacina para todos nós. A principio será assim. Quem estiver no grupo de risco, ou nos grupos especiais, será vacinado. Os que não tiverem direito à vacina, deverão triplicar os cuidadospara evitar o contágio”, disse.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Saiu no G1

O procampo saiu no G1.. Olhem a reportagem. Ficou muito legal!!!

Universitários aprendem a trabalhar na roça em programa de vivência
Procampo, no Pará, leva estudantes a conhecer realidade camponesa.

Inscrições para a próxima turma abrem em março.

Érica Polo


Do G1, em São Paulo

Lorena aprendeu a fazer tijolos e Maurício foi trabalhar na roça. Esses dois universitários encararam realidades completamente diferentes das que estão acostumados quando participaram do Programa de Vivência Estudantil Camponesa (Procampo), no Pará.
Para eles, a experiência não se resumiu a aplicar conhecimentos que adquiriram na universidade para desenvolver projetos – uma das finalidades do programa -, mas ajudou a fortalecer valores.
“Passamos a dar mais importância às oportunidades que temos na vida”, avalia Maurício Benedeti Rosa, que estuda engenharia na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Sorocaba. “Não há como pensar individualmente após uma experiência dessas”, resume Lorena Abrahão, estudante do curso de letras da Universidade Federal do Pará (UFPA). Maurício participou do programa em janeiro passado e, Lorena, em 2009.
Não há como pensar individualmente após uma experiência dessas"
O objetivo das atividades é levar universitários da rede pública do Pará a conhecer a realidade de quem vive no campo, explica Daniel Garza, coordenador geral do Procampo. “E eles também desenvolvem projetos em áreas como educação e saúde”, diz. De algumas edições resultou a inauguração de uma biblioteca em uma escola de Cametá e a elaboração de uma horta escolar, cuja viabilização está em estudo pela Secretaria de Agricultura do estado. Para montar a biblioteca, os participantes mobilizaram secretarias do governo, alunos e professores de universidades.
Maurício aprendeu a trabalhar na roça quando esteve no Pará (Foto: Arquivo Pessoal)
A edição mais recente do Procampo aconteceu em janeiro, quando cerca de 80 jovens participaram. Eles conviveram durante 15 dias com famílias dos municípios de Mocajuba, Moju, Santa Bárbara do Pará, Abaetetuba, Acará, Cametá, Castanhal e Benevides no estado.
A seleção da próxima turma acontecerá em abril e as inscrições devem ser feitas a partir de março. A data ainda será definida, diz Garza, e os interessados devem ficar atentos ao calendário por meio do site www.casacivil.pa.gov.br/procampo. A inscrição é gratuita e os participantes têm direito a auxílio transporte e alimentação, pois o programa é financiado pelo governo estadual.


Experiências

A participação de Maurício na atividade foi exceção. Geralmente, diz Daniel Garza, apenas os estudantes de universidades públicas do Pará participam. Porém, a vontade do estudante paulista levou os organizadores a permitir sua colaboração. No entanto, ele mesmo bancou suas contas nessa viagem.
“Desde o começo do ano passado sentia vontade de ajudar, participar de algum projeto social. Procurei alguns pelo interior de São Paulo, mas não deu certo, até que minha mãe, que trabalha em Brasília, me falou sobre esse programa e eu me interessei”, conta.
Maurício morou com por 15 dias com duas famílias na comunidade de Mupi, em Cametá. Uma delas sobrevive da colheita de mandioca. “Cheguei a ajudá-los na roça”, conta. “Três fatores principais me incentivaram a participar: achei que seria interessante conviver com gente mais simples e acostumada a outra cultura; seria, também, uma forma de retribuir tudo o que me foi proporcionado na vida; e eu queria saber como me sentiria vivendo em outra realidade”, diz o estudante.
Lorena, que conviveu com duas famílias da região de Abaetetuba, conta que gostou de participar da montagem de um grupo de teatro, cujas peças ensinavam as crianças sobre a importância de cuidar bem dos dentes. Uma das famílias que hospedou a estudante sobrevive da produção de tijolos e telhas. “Participei das atividades da rotina das famílias. Cheguei a cortar barro e produzir tijolos. Também ajudei a colher frutas e preparar polpas”, conta.
Antes de participar, os estudantes precisam comparecer às atividades de formação. Eles assistem a palestras e filmes sobre a realidade dessas comunidades.

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