segunda-feira, 28 de junho de 2010

O ciclo menstrual é natural

Recebi esse email, de uma menina da UnB.
Logo abaixo segue uma nota.
Achei importante repassar... Segue:


Por incômodo que seja o ciclo menstrual é natural.
A semana passada Nicole Dishuk, de 31 anos, recém formada em medicina e a
ponto de começar a trabalhar como médica, foi internada de urgência em
um hospital para ser operada. Encontraram um coágulo no seu cérebro.
No momento em que finalmente removeram a parte direita do seu crânio para
aliviar a pressão no cérebro, o coágulo tinha se propagado pelo seu
cérebro inteiro, causando danos graves.
Desde quarta-feira passada, foi lutando pela sua vida. Foi induzida a coma
para interromper a irrigação do sangue, foi operada 3 vezes até que
finalmente disseram que já não podiam fazer mais nada por ela.
Encontraram vários coágulos no lado esquerdo do seu cérebro, a
inflamação não retrocede e se manteve à vida artificialmente.

Ela morreu dia 19/01/2010 as 4:30h, deixou para trás um marido, um filho
de 2 anos Brandon e um de 4 anos de idade Justin.

A causa da morte: Um método Contraceptivo Injetável que permite ter
menstruação apenas 3 vezes por ano.
Perturba o teu ciclo menstrual, e embora seja aprovado pelo FDA, não
deveria ser!
Mulheres, peço-lhes que façam um boicote a este produto e que suportem o
período menstrual de cada mês porque podem viver uma vida mais
saudável!!!
Por favor, transmitam esta mensagem às mulheres e lembrem-se que vocês
podem salvar uma vida.
Todos os que usam qualquer tipo de contraceptivo, por favor leiam os
efeitos secundários: trombose, embolia, acidente vascular cerebral, etc.
"Por favor, não fique com essa informação... Reenvie-a!
Este e-mail não é apenas para as Mulheres, é para todos aqueles que
valorizam as mulheres e se sentem responsáveis de salvar vidas ....!!
 
Jhennifer G. Santos
Unimed Uberlândia
C.R. Financeiro/ Intercâmbio


Olá gente,
sou estudante de medicina e acho importante dizer que coágulos e trombose não são decorrentes do fato de ficar sem
menstruar, como pareceu que o texto quis dizer. Qualquer anticoncepcional que tenha estrogênio (inclusive as pílulas) aumentam o risco de formação de coágulos, principalmente se a mulher é tabagista.

Priscila
 

sábado, 26 de junho de 2010

90% DOS JOVENS SOFREM OU PRATICAM VIOLÊNCIA NOS RELACIONAMENTOS

A violência entre casais no Brasil está mais precoce, menos unidirecional e assume também, nos dias atuais, um caráter mais virtual. Pesquisa recente, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz em 10 capitais de todas as regiões do país, revelou que nove em cada 10 jovens na faixa etária entre 15 e 19 anos sofrem ou praticam variadas formas de violência – dentre as quais a exposição de fotos íntimas na internet como forma de humilhação.
Os dados coletados com 3,2 mil adolescentes expõem um elemento que se choca com o senso comum de que os homens são, geralmente, os agressores. Agressões verbais, como provocações, cenas de ciúmes e tom hostil, e investidas sexuais – como forçar o beijo ou tocar sexualmente o parceiro sem que este queira – fazem parte do arsenal de violência utilizado por ambos os sexos.
A pesquisadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz) Kathie Njaine, que coordenou a pesquisa “Violência entre namorados adolescentes: um estudo em dez capitais brasileiras”, destaca que o panorama deve ser refletido a partir de múltiplas causas. “A violência pode vir da família, da comunidade em que o jovem vive e da escola”, afirma.
Segundo o estudo, as garotas são, ao mesmo tempo, as maiores agressoras e vítimas de violência verbal. Por outro lado, em termos de violência sexual, os rapazes encabeçam as estatísticas como os maiores agressores. Enquanto 49% dos homens relatam praticar esse tipo de agressão, 32,8% das moças admitem o mesmo comportamento.
Na categoria das agressões físicas, que inclui tapa, puxão de cabelo, empurrão, soco e chute, os relatos revelam que os homens são mais vítimas do que as mulheres – 28,5% delas informam que agridem fisicamente o parceiro, enquanto 16,8% dos homens relataram o mesmo.
A violência manifestada em tom de ameaça – como provocar medo; ameaçar machucar; ou destruir algo de valor – já vitimou 24,2% de jovens, ao passo que 29,2% admitiram ter perpetrado este tipo de agressão. De acordo com os números, 33,3% das meninas assumem que ameaçam mais seus parceiros, e 22,6% destes confessam cometer o mesmo tipo de violência.
Uma das razões apontadas para a eclosão da violência entre os jovens casais é o machismo. A coordenadora da pesquisa afirma que nenhuma pessoa nasce machista, mas pode aprender e assumir esse papel dentro de um contexto cultural.
Ressaltando que o estudo teve como finalidade fazer um diagnóstico, e não buscar as causas, Kathie Njaine argumenta que a agressão cometida pelas meninas pode ser compreendida como uma maneira de reproduzir um modelo de comportamento que está no gênero masculino. “Em muitos momentos da pesquisa, havia meninas que falavam se ele pode fazer, eu também posso”, exemplifica, acrescentando que as agressões, neste caso, tornam-se uma moeda de revide.
A socióloga Bárbara Soares, pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC/UCAM) e ex-subsecretária de Segurança da Mulher do governo do Estado Rio de Janeiro, elogia o viés da pesquisa de jogar luz sobre a violência praticada por mulheres e por descartar o modelo esquemático que vilaniza apenas os homens e vitimiza as mulheres. Em geral, ela afirma, as pesquisas têm o hábito de ouvir muito pouco as pessoas que vivem e praticam violência. “Os técnicos e ideólogos definem o que é a violência e, a partir daí, imprimem esse discurso no outro que não é ouvido. A violência não é uma abstração na vida de quem sofre ou pratica. Ela é situada, significada, tem um sentido. Eu acho que é aí que você pode desconstruí-la”, diz a especialista.
De acordo com a pesquisadora do CESeC, é comum o pressuposto de que somente as mulheres apanham, mesmo que, pelas pesquisas nacionais e internacionais, elas sejam vítimas das violências mais graves. “Não
quero dizer que não exista um componente de dominação. Ele existe, mas não é uma dominação do homem contra a mulher, é uma sociedade de dominação machista em que os homens também são dominados por essa lógica”, argumenta.

Violência virtual

A eclosão precoce de violência entre os casais adolescentes revela que, desde cedo, as agressões ocupam papel importante no ambiente das relações afetivas. Nos dias atuais, é ponto pacífico que o aprimoramento das técnicas e dos meios de circulação das informações contribua decisivamente para a emergência de novos tipos de violência.
A internet, nestas circunstâncias, adquire relevância e torna-se uma arma virtual nas relações entre os jovens.
Fatos e comportamentos que aconteceriam no mundo real, no dia-a-dia, acompanham essa tendência e são transportados para a rede virtual.
Exposição de fotos e vídeos íntimos e publicação de hostilidades em sites e redes de relacionamento – como o orkut – são alguns dos métodos que compõem o quadro de violência existente na internet. Em conseqüência, os jovens tornam-se vulneráveis socialmente, uma vez que, por exemplo, sua relação com amigos ou a procura por empregos podem ser afetadas.
Kathie Njaine enfatiza que o relacionamento via tecnologia de informação é uma constante na vida dos jovens, o que potencializa o risco de agressões. “Na medida em que você publica uma notícia na internet, isso tem uma capacidade de se disseminar amplamente. O impacto de uma humilhação ou de uma fofoca é muito grande. O grau de exposição de uma situação é alto, não só em palavras como em imagens também”, afirma.
Para Bárbara Soares, isso exige novas respostas em termos de prevenção. “Todos os problemas vão se transformando na medida em que os meios de comunicação de relações interpessoais se transformam. Atualmente, muitos problemas se transferiram para a dimensão do espetáculo, da visibilidade, da exposição pública do crime mais banal até as relações íntimas. Então, acho que é preciso repensar em primeiro lugar a própria noção do que seja violência, atualizando o repertório que faz parte do nosso catálogo, e começar a refletir formas específicas de prevenir mais este tipo de violência”, explica a socióloga.
De acordo com ela, a exposição de imagens íntimas afeta mais as mulheres, porque envolve uma cultura de privacidade, pudor e do uso da pessoa como um objeto do prazer. Para os homens, em contraposição, predomina a valorização de sua potência sexual, vista como um troféu a ser exibido.
“O telefone celular e a internet são tecnologias que estão mudando a nossa sociabilidade, nosso comportamentos e pensamentos. Há uma noção de que você só existe se, de alguma forma, for visível. No entanto, há risco de que essa visibilidade seja mais um elemento de violência”, acrescenta Bárbara, reforçando que as campanhas de prevenção precisam ter um olhar mais amplo, menos maniqueísta e menos esquemático e que considerem a violência e suas múltiplas causas e linguagens

Brasileiras são 40% das vitimas de tráfico de pessoas em Portugal

Vítimas normalmente são mulheres solteiras que acabam na exploração sexual, afirma relatório de governo português.
Fonte: BBC
 
Cerca de 40% das vítimas de tráfico de pessoas em Portugal são mulheres de nacionalidade brasileira. Este é o resultado do Relatório Anual de 2009 do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, órgão ligado ao Ministério da Administração Interna (Interior) português.

"Podemos traçar um perfil da vítima. É mulher, brasileira e o tráfico destina-se à exploração sexual. É solteira, com mais de 25 anos, e vem para Portugal com uma proposta de trabalho", afirma Joana Daniel Wrabetz, responsável pelo estudo. Ela conta que a maior parte das brasileiras vítimas de tráfico vêm de Goiás, Minas Gerais e de Estados do Nordeste.
O estudo foi feito baseado em 84 casos sinalizados durante o ano de 2009, dos quais sete já foram levados a julgamento. Em relação aos agressores, também foi estabelecido um perfil.
"Geralmente é um português que conhece os prostíbulos onde pode colocar as vítimas, muitas vezes em parceria com um estrangeiro", relata Joana.
Ela distingue o tráfico da imigração ilegal para a prostituição. "No tráfico, depois de entrar no país, as vítimas perdem seus direitos, estão a ser violentadas e ficam reduzidas a uma situação de escravatura. O fato de que muitas brasileiras tenham vindo sabendo que iam trabalhar na prostituição não pode servir de desculpa para justificar o tráfico."
Muitas vezes, além de situações de cárcere privado, as vítimas de tráfico ficam sem documentos. Normalmente, para impedir que as vítimas de tráfico fujam, os documentos da vítima são retirados.
"O tráfico de seres humanos põe em causa a dignidade dos seres humanos. Por isso, o código penal estabeleceu como crime grave a ocultação de documentos ou sua destruição", afirmou o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
Não há dados em Portugal sobre o total de vítimas. "Este é o segundo ano que fazemos o relatório. Não tenho meios para dar uma estimativa do universo total de vítimas de tráfico. Ainda não foi possível reunir dados históricos para elaborar modelos para predizer a realidade", relata Paulo João, da Direção Geral da Administração Interna, órgão ligado ao Ministério da Administração Interna.

MAIOR COMODIDADE

Para o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Paulus, o maior número de brasileiros entre as vítimas está relacionado apenas à dimensão da comunidade - com 100 mil pessoas, mais de 20% do total de imigrantes no país.
"Isso não tem nada a ver com nenhuma particularidade do país. Apenas é a comunidade mais numerosa em Portugal", afirma.
O segundo grupo mais numeroso de vítimas é proveniente de países do Leste Europeu.
Segundo Paulus, para combater o tráfico de pessoas, o Serviço de Estrangeiros está trabalhando com as autoridades brasileiras. "As parcerias com a Polícia Federal êm sido exemplares. No Brasil, a questão do tráfico de pessoas também preocupa as autoridades brasileiras."
Sem dar números de operações e de pessoas que teriam sido detidas por tráfico, ele indica como resultados da parceria com a Polícia Federal a presença de agentes brasileiros em Portugal, tomando parte de operações do SEF e de portugueses no Brasil, em operações realizadas pela Polícia Federal.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amor e morte - tramas afetivas do feminicídio

Os assassinatos de mulheres por seus parceiros ou ex-parceiros amorosos são crimes frequentemente denominados de passionais e marcados por atitudes dos assassinos relacionadas com manifestações de ciúme, de inconformismo com a separação, disputa de bens ou de filhos, contrariedade com o pagamento de pensão, entre outros decorrentes do estabelecimento do relacionamento ou de sua dissolução. A primeira questão a ser considerada é o significado da palavra "passional", que designa paixão e emoção, mas não pode ser automaticamente associada a amor. A segunda questão é que quase sempre esses crimes não ocorrem sobre forte tensão emocional, no meio de uma briga em que os ânimos se exaltam; mas, sim, em situações que mostram claramente que havia uma intenção prévia do homem de matar a mulher. Esse aspecto afetivo passional deve ser desmistificado para compreendermos o significado e as determinações do feminicídio, não como um resultado trágico de um amor ou paixão intensa, de emoções incontroláveis, mas como alternativa construída por elementos de uma cultura de dominação masculina em que a violência é um de seus componentes.
Vejamos algumas questões relacionadas às tramas afetivas tangentes no feminicídio: a violência como elemento das relações históricas entre homens e mulheres; o amor como uma construção social; o amor romântico e apaixonado no contexto de relações de dominação e desigualdade de gênero.

A VIOLÊNCIA COMO ELEMENTO DAS RELAÇÕES HISTÓRICAS ENTRE HOMENS E MULHERES

Na história do processo civilizatório, a violência dos homens contra mulheres não diminuiu; ao contrário, foi se tornando mais intensa e evidente. Nas sociedades pré-modernas havia um controle exercido sobre as mulheres que eram consideradas propriedade de clãs, de famílias ou de grupos sociais, mas nem sempre isso tinha uma relação direta com uma violência praticada contra elas. Entretanto, a própria condição de propriedade que era trocada em acordos comerciais ou políticos não seria já uma violência? Além disso, nessas circunstâncias o estupro era uma das faces de uma violência comumente exercida pelos homens, já
que agredir as mulheres de um território em disputa ou em guerra era uma maneira de atingir os homens com os quais tais mulheres tinham relações familiares ou afetivas, uma vez que estas lhes pertenciam.
Parece haver uma relação entre violência e a dominação masculina, como se a violência estivesse integrada ao modelo de uma sexualidade masculina radicada na força e no controle da mulher, sendo o "esteio do controle dos homens". Essa violência dos homens contra mulheres está relacionada a várias formas de "intimidação", de "perseguição" e de "desqualificação", que nos fazem alvo de inúmeras agressões.
Entender como essa violência se constituiu em diferentes épocas e sociedades é uma possibilidade de conhecermos os mecanismos que a engendram e a desenvolvem de modo a buscarmos os mecanismos de sua desconstrução.

O AMOR COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL
O amor não é apenas um sentimento, mas é um construto da sociedade. O sentimento é despertado, sentido e formatado de acordo com códigos sociais. Assim, desde a idade média até o presente momento, várias representações de amor se constituíram na história, como o amorcortês, o amor romântico, o amor paixão, e mais recentemente novas formas de amor estão em curso como o amor confluência e o amor construção. O amor cortês conhecido como idealizado, galanteador, era uma contradição entre o desejo erótico e o sentido de realização espiritual "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e autodisciplinado, humilhante e exaltante, em que o homem faria tudo por sua amada, mas não se realizava numa relação possível.
O amor romântico é uma forma de amar que se pretende a única relação íntima válida, supondo que duas pessoas se amem mutuamente, sempre na incerteza por uma busca constante pela verdade do amor do outro, esperando uma união total de duas pessoas suprimindo-se as diferenças entre elas. O amor como paixão emerge no contexto de vigência do amor romântico, acentuando a experiência de amar como um sofrimento, em que o apaixonado se submete ao seu comando, ao mesmo tempo em que deve se empenhar na conquista.
Esse amor representa auto-sofrimento, prisão, martírio, controle e desregramento no desejo de estar sempre experimentando essa força avassaladora empolgando e corroendo, perseguindo o controle do outro e descontrolando-se. Outras formas de amor estão se desenvolvendo a partir de mudanças sociais decorrentes das lutas das mulheres por direitos e por cidadania, que estão sendo denominadas de amor confluente ou amor construção. O amor confluente é definido como baseado em valores de igualdade entre homens e mulheres, em confiança e negociação mútua e sentimentos partilhados por parceiros com papéis cada vez mais próximos socialmente. O amor construção é entendido como um processo, em que o amor e a paixão são o pretexto inicial, mas que vai se "transformando num sentimento mais estável, mais ‘construído’.

AMOR E DESIGUALDADE DE GÊNERO

O amor romântico e o amor paixão predominantes no nosso imaginário social, integrados a relações de gênero desiguais tornam-se avassaladoras para as mulheres ao acentuarem a sua sujeição às exigências de um amor que estabelece o homem como o conquistador, o condutor da relação, determinando como desejo amoroso da mulher ser o objeto de desejo do homem. Em geral as pessoas acreditam que se o homem gosta e quer a mulher, esta não deve recusar, deve sentir-se agraciada por isso. Ditos populares como "ruim com ele, pior sem ele", exprimem essa idéia. O amor como uma construção social emerge de "uma teia de relações sociais de poder, cujas dinâmicas estão na origem da desigualdade, da discriminação e da violência". A vivência do amor reproduz as relações de poder desiguais entre homens e mulheres, de  maneira que os discursos amorosos podem garantir ações que legitimam a continuidade do sistema patriarcal e se tornam "discurso de risco para as mulheres".
Estamos vivendo tempos de mudanças sociais fortemente influenciadas por transformações nos papéis sociais das mulheres que não se enquadram nos limites do amor romântico nem do amor paixão. Já não é suficiente ser a cara metade, ou a banda de uma laranja, é preciso ser uma pessoa inteira. Mesmo que sonhem com os príncipes românticos e apaixonados, a realidade de um amor vivido requer o encontro de duas pessoas inteiras, com identidades próprias e independência econômica.
As mulheres já não conseguem ficar atrás de grandes homens, querem realizar e crescer lado a lado. Diante da vontade e desejos próprios das mulheres, muitos homens não se reconhecem como tais, pois foram socializados para uma relação de dominação, sujeição e punição; impossibilitados de cumprirem esse papel destroem com intenso ódio o ser que lhe interdita.
A luta contra o patriarcalismo e o enfrentamento da violência de gênero praticada contra as mulheres, que muitas vezes tem culminado no feminicidio, requer também uma crítica ao amor romântico e ao amor paixão, e a ativação e estímulo a formas libertárias de amar. O fim do feminicídio exige a plena igualdade e justiça de gênero e formas de amar que não dividam e tornem dependentes e inseguras as pessoas que constituem a relação amorosa, mas sim que as fortaleçam e reconheçam em sua singularidade e autonomia.

Autor: Maria Dolores de Brito Mota - Socióloga, Profª da UFC
Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Idade e

Família, NEGIF
Fonte: Adital

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Espetáculo com literatura de CHICO BUARQUE DE HOLANDA



A Tupe Imaginart, grupo de teatro da Casa de Articulação da Juventude, há muito tempo vem ensaiando uma peça que contém , em sua essência, a obra de CHICO BUARQUE DE HOLANDA.
O trabalho vem sendo organizado a 3 meses por Suzane Pereira e Luíz Carlos Girard, diretores do grupo.
O resultado de tanto trabalho será culminado nos dias 1 e 2 de julho no teatro Gazômetro.
É importante lembrar que os atores que estarão representando, não tiveram nenhuma experiência com Teatro de grande público... Para eles, a experiência vai ser  a desencadeadora ou não de suas carreiras artísticas. São alunos das escolas públicas do Estado que participaram das oficinas da Casa e entraram para o grupo
Segue abaixo, a propaganda do espetáculo.


RETALHOS DE HOLANDA

É um espetáculo que transita pelas diversas épocas das composições de Chico Buarque de Holanda. O texto é do próprio compositor, porém adaptado para a linguagem cênica, criando um jogo de cenas a partir das músicas compostas por Chico.
As adaptações e formatos foram construídos por Suzane Pereira e Luiz Girard. Com cenas criadas sob os múltiplos retalhos de suas composições, o espetáculo passeia pelas diversas facetas e fases da sua obra: o Chico Amante, Político, Mulher, Malandro.
A preocupação da Trupe é sair do óbvio, buscando um trabalho diferente, sensível e inovador, misturando as diversas linguagens artísticas. O resultado é uma construção sensível, que entrelaça o público de forma prazerosa, ao conseguir equilibrar a tragicomédia, com momentos dramáticos e momentos leves.
As obras trabalhadas neste espetáculo são: As Vitrines, Mar e Lua, Futuros Amantes, Olhos nos Olhos, Tatuagem, Cotidiano, Eu Te Amo, Cálice, Angélica, Construção, Homenagem ao Malandro e muitas outras.


Projeto
O projeto de Teatro realizado pela Casa da Juventude tem o propósito de fazer com que essa arte se torne presente na vida do jovem. Além de valorizar o protagonismo juvenil na sociedade, trabalha a percepção, desperta a sensibilidade, o respeito e a consciência sócio-político-cultural.

Ficha Técnica

Direção Teatral:
Suzane Pereira

Assistente de Direção/Encenação:
Luiz Carlos Girard

Cenografia e Iluminação:
Emanuelle Rabelo

Sonoplastia:
Lia Gomes

Figurino:
Atores

Atores:
Adrieli Castro, Aline Felgueiras, Augusto Aranha, Biazinha Silva, Coud Puente, Cleiton Dias, Denny Sant, Gerlane Souza, Gerson do Vale, Géssyca Reys, Karina Lima, Lenisce Silva, Leandro Glauco, Liliani Nascimento, Lucy do Nascimento, Monhinha Azevedo, Núbia Simone, Oneide Cardoso, Renan dos Anjos, Ronald Lima, Rosa Sales.

Serviço: Estreia do espetáculo Retalhos de Holanda, 1º de julho, às 19 horas, no Teatro Gasômetro, no Parque da Residência. O espetáculo acontecerá também no dia 2 de julho, no mesmo local e hora. O evento terá entrada franca. Mais informações: 91 – 3223 3437.
Texto: Ascom/Casa da Juventude.
NÃO DEIXEM DE IR:

Horário: 1 julho 2010 às 18:00 
                2 julho 2010 às 19:00
Local: Teatro Gasometro as 19h
AH..... A ENTRADA É FRANCA!!!!
ENTÃO, NÃO TEM POR QUE FALTAR....

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Revogação não é suficiente

A revogação do Decreto n° 13.572, de 27 de janeiro de 2010, feita pelo prefeito de Ananindeua,"não é suficiente". O que os coletivos querem e ainda continuarão lutando, é pela não aquisição deste "vale inteligente", pois avaliam que ainda deverá ser feita uma recarga semanal do cartão de no mínimo R$ 10,00,  e pais de família que tem tres ou mais filhos na escola e recebem um salário mínimo por mês, não terão condições de dispor deste dinheiro todos os fins de semana para fazer a recarga do cartão.
Portanto, a luta continua...Quinta tem ato na frente da prefeitura...
Vamos ver no que vai dar....
Continuarei acompanhando esse negócio.

Conseguimos uma primeira vitória.

Saiu no Blog do Helder:

Meia Passagem

Os estudantes argumentaram e nos fizeram reavaliar a decisão com relação à meia passagem. Orientei o Demutran a estabelecer cota livre nos passes destinados aos alunos e alunas da Rede Municipal de Ensino de Ananindeua. A meia passagem também será extensiva aos 12 meses do ano.
O PREFEITO MUNICIPAL DE ANANINDEUA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 70, inciso VIII, da Lei Municipal n°. 942/90 - Lei Orgânica do Município, de 04 de abril de 1990.
D E C R E T A: Art. 1º Ficam revogadas as disposições contidas no Decreto n° 13.572, de 27 de janeiro de 2010, que regulada a aquisição de bilhetes de meia passagem estudantil no município de Ananindeua.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO PREFEITO DE ANANINDEUA-PA, 14 DE JUNHO DE 2010. HELDER ZAHLUTH BARBALHO

sábado, 19 de junho de 2010

PSOL ENTRA DE MANSINHO PARA TENTAR SER GRANDÃO

É, tava demorando....

Nossos amigos do PSOLe mais umas ovelinhas desgarradas tomaram a frente do ato em frente a prefeitura de Ananindeua, nesta quinta-feira, contra o "Cartão inteligente" do prefeito.

Mas foi apenas isso... Apenas tomaram conta do microfone.
"Nós fazemos a verdadeira luta."

Se acharam o máximo.....

Mas, esqueceram quem foram os primeiros a tomar frente e iniciar esta luta. Esqueceram que foram o Kizomba, a Une, a Ubes e a Umes quem mobilizou os alunos das escolas de Ananindeua e conseguiram o adiamamento da validação deste decreto. Conseguimos 15 dias a mais para mobilizar o que  e quem fosse necessário para não deixar essa vergonha ser aceita.

No dia do segundo ato, realmente, havia mais estudantes, mas estes já estavam mobilizados desde o primeiro ato.Quando chegamos no local, uma comissão já havia subido pra falar com os chefões. Ô comissãozinha em... Não conseguiram nenhum avanço. Desceram parece um bando de patetas: " Gente o prefeito não recuou."

Centralizaram o microfone e diziam que a luta era unificada... Que unificação!!!!!

Nós, do campo KIZOMBA, acreditamos sim, que os movimentos competentes devem se unificar na luta. Acreditamos, que juntos somos mais fortes. Mas, uma coisa é pensarmos assim. Outra, é eles não fazerem assim. Querem centralizar as coisas ao mesmo tempo que sectarizam. Não nos dão espaços de fala.

Mas é isso aí.... Sempre foi assim, né. "Vamos a luta companheiro"... kkkk

Tomar o méritos dos outros é fácil. Quero ver eles conseguirem seus própros méritos.

Nesta próxima quarta, vai haver ato novamente.

Pedimos que se mobilizem. Pedimos que mobilizem outras pessoas. Temos certeza que vamos tentar fazer uma única luta.

É quarta pela manhã. Na frente da prefeitura...

Contra o Cartão Inteligente!!!!!

 Contra a pelegagem!!!!!

A favor da luta de classes!!!

Pelo direito dos estudantes de Ananindeua e Marituba!!!

INTERVENÇÃO CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO NO BRASIL

SAIU NO BLOG OFENSIVA CONTRA A MERCANTILIZAÇÃO
Ó O LINK AÍ : http://ofensivammm.blogspot.com/2010/06/intervencao-contra-legalizacao-da.html





No dia em que estava acontecendo a abertura da principal paixão mundial, A COPA DO MUNDO!, militantes da Marcha Mundial das Mulheres de Mossoró, no Rio Grande do Norte, fizeram uma colagem de cartazes pela cidade pelo fim da prostituição, motivadas por este que é um dos principais responsáveis pelo aumento da submissão e opressão das mulheres nos países em que o mundial é realizado.



Nos países que ocorre a copa do mundo existe uma pressão para que a as casas de prostituição sejam legalizadas como casa de entretenimento, e assim as mulheres torne-se, cada vez mais, objeto de uso dos homens que viajam a esses países.


E é por entender que precisamos de um País livre de toda forma de violência e dominação sobre o corpo e a vida das mulheres que essas militantes da Marcha fizeram a colagem, também já pensando em 2014, quando a Copa do Mundo estará em nosso país.


É com essa iniciativa que a Marcha Mundial das Mulheres quer mostrar para a sociedade que um evento tão importante para a nação e que traz felicidade e orgulho para todas/os as/os cidadãs/ões não pode ser transformado num momento de vergonha e angústia para as nossas mulheres, adolescentes e crianças.

'' Punição para os usuários de prostituição já!! ''

Postado por Somos mulheres feministas anticapitalistas e anti-racistas! às 10:37

sexta-feira, 18 de junho de 2010

sábado, 12 de junho de 2010

Estudantes vão as ruas manifestar

Depois de a juventude deste país ter conseguido alcançar uma grande vitória pra a educação no âmbito nacional - 50% do Fundo Social do Pré Sal pra educação- com a ajuda das entidades que nos representam ( UNE e UBES). Após termos avançado no Estado com a aprovação da meia-passagem intermunicipal ( já em fase de cadastramento dos estudantes do interior), conseguida com muita luta pelos estudantes deste Estado. Os estudantes de Ananindeua se vêem retrocedendo quanto a conquista de seus direitos por meio do Prefeito Helder Barbalho.

A conquista da meia passagem estudantil se deu através de muita luta, de muito enfrentamento com a polícia e poderes públicos. Foram anos de protesto até que finalmente tivemos nosso direito adquirido.

Foram tempos em que as coisas eram bem mais difíceis quanto falamos de diálogo com os governantes.
Agora este "querido" prefeito que impor o que ele chama de "cartão inteligente". Mas percebe que é inteligente apenas para os bolsos dos empresários do transporte

Um cartão que limita a ida e vinda dos estudantes, que poderão usar apenas duas passagens por dia; não poderá ser utilizado em finais de semana, muito menos feriados ou férias escolares. Uma grande violaçãoa Constituição  brasileira. Retira dos estudantes o direito ao lazer, já que a passagem de ônibus custa um absurdo e os ônibus estão completamente sucateados.
Mas sabemos porque este prefeito faz coisas desse tipo.

1_ Nunca precisou utilizar-se do tranporte coletivo para se locomover, afinal de contas, sua família sempre soube gastar muito bem o dinheiro que desviavam da SUDAM;
2_ Nunca estudou em escola pública, mas em uma das escolas mais caras de Belém;
3_ Jamais soube como é dificultoso para pais de famílias que tem quatro ou mais filhos sustentar todas as despesas que estes tem para concluir sua educação;

São inúmeros os itens que poderia ser colocado  para mostrar o quanto este gestor não tem nenhum respeito pelos pobres trabalhadores e trabalhadoras que ganham um salário mínímo pra sustentar suas famílias.

Por esses motivos , no dia 11 de junho, os estudantes de Ananindeua se mobilizaram para não deixar que mais direitos lhe fossem retirados. E como sempre acontece, fomos chamados de vagabundos e baderneiros. Tivemos 2 alunos quase atropelados por uma van o qual motorista, de transporte alternativo, não se sensibiliza e muito menos compreende a importância do nosso ato.

Meninos e meninas de várias idades foram para a frente da Prefeitura, e lá gritavam palavras de ordem contra este projeto de meia passagem limitadora. " O dinheiro do meu pai não é capim, eu quero passe livre sim" era uma das várias frases que foram criadas.

Conseguimos que uma  comissão de pessoas das entidades ali presentes fosse recebida pelo chefe de Gabinete.  UNE e UBES de fizeram presentes. Era inacreditável o que se ouvia dentro daquela sala. Palavras de uma burguesia hipócrita que nunca compreenderá os anseios do povo e dos movimentos sociais. Uma direita que serve apenas para tornar o mundo melhor para quem tem dinheiro.

Conseguimos o prazo de 15 dias para contrapor esse projeto, organizar a sociedade civil e derrubar mais essa falta de respito com os Estudantes.
Mais protestos virão.

"Estudante na rua.Prefeito a culpa é sua"

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Machismo na Copa

As declarações de Felipe Melo, jogador da seleção brasileira de futebol, durante coletiva de imprensa no último dia 31, ao direcionar suas críticas à bola que será utilizada na Copa do Mundo de Futebol de 2010, explicitou o machismo e uma visão de naturalização da violência contra as mulheres. Nas palavras do jogador: "A outra bola é igual a mulher de malandro: você chuta e ela continua ali. Essa de agora é igual patricinha, que não quer ser chutada de jeito nenhum."


Para todos e todas nós que defendemos uma sociedade com igualdade entre homens e mulheres; livre da violência sexista, esta declaração não é "irreverente" como afirmou o Portal G1 da Rede Globo. É uma declaração grave, inaceitável e que precisa de retratações públicas. A violência contra as mulheres é possivelmente a violação de direitos humanos mais tolerada socialmente. Ainda é considerada algo natural na vida das mulheres, como se fizesse parte do destino. Por isso, muitas vezes não nos damos conta de que, em determinados momentos, estamos diante de um ato de violência sexista.


Nenhuma mulher gosta ou aceita ser chutada, ser vítima de qualquer ato de violência, seja ela rica ou pobre, branca ou negra, jovem ou adulta. As palavras de Felipe Melo ainda demonstram o preconceito com relação às mulheres pobres ao afirmar que a violência contra as mulheres é apenas um problema das classes baixas. Sabemos que esse tipo de violência é transversal e atravessa todas as classes sociais e diferentes culturas e religiões.


A violência é resultado das relações desiguais entre homens e mulheres, e acontece todas as vezes em que as mulheres são consideradas coisas, objetos de posse e inferiores aos homens. As mulheres têm uma longa trajetória de luta por emancipação política, econômica e pessoal; entretanto, ao mesmo tempo em que hoje avançamos na conquista de espaços, na garantia e ampliação de direitos, são ainda vistas, e muitas vezes tratadas, como seres inferiores, o que permite especialmente aos homens, o direito de ter a mulher como sua propriedade, como objeto.


Além disso, a grande mídia joga no time que reafirma a violência contra as mulheres na medida em que cumpre o papel de reafirmação desse machismo desde associar o corpo das mulheres às mais diversas mercadorias à banalização do sexo e da violência, a fragilidade e a submissão das mulheres reforçadas como coisa natural. Da mesma forma, a TV interfere no imaginário coletivo, perpetuando um mundo habitado pela violência e desigualdades de gênero em vez de produzir imagens que proponham novas possibilidades nas relações sociais.


O enfrentamento da violência contra as mulheres é ainda um grande desafio. Para os movimentos sociais, uma vez que a luta contra a violência precisa ser parte da luta por construção de autonomia das mulheres e de transformações gerais na sociedade e para os governos democráticos que defendem a cidadania das mulheres, como por exemplo, a Lei Maria da Penha e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à violência contra as mulheres.


A violência não pode ser camuflada. É importante visibilizá-la para afirmar que existe, ter dimensão de sua extensão; e que é preciso combatê-la. A CUT jamais se furtará de denunciar e de lutar por uma vida sem violência para todas as mulheres.




Violência contra as mulheres: tolerância nenhuma!


Artur Henrique, presidente da CUT, e Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora e Integrante da Coordenação Executiva da MMM

Mais uma grande vitória da UNE para o Movimento Estudantil

Mas uma grande vitória para a educação brasileira. Foram mais de um ano levantando essa bandeira. Enfim vamos conseguir ter a educação que queremos.
E nada melhor que a emoção do Tiago para nos fazer entender o quão significativo é essa vitória.
Mas, resta-nos ainda que nossos reais anseios para a educação sejam percebidos e colocados em prática.
" A UNE somos nós. Nossa vez e nossa voz."
 
Em: http://tiagoventura.wordpress.com/
Por : Tiago Ventura - Vice presidente da UNE
50% do pré sal para educação aprovada!
Nesse exato momento, as 3 horas da manhã do dia 10 de junho nos deparamos diante de mais um momento histórico para a educação brasileira. Depois de um incansável dia de debate no Senado Federal, acabamos de aprovar a destinação de 50% do fundo social do pré sal para a educação.
Esse talvez seja o mais emocionado dos posts que escrevo desde o início do blog. A emoção toma conta quando mais uma vez a União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas conquistam a maior de suas vitórias nos últimos anos, marcam seu DNA mais uma vez na história de vitórias dos estudantes e do povo brasileiro, escrevem seus nomes na luta por uma educaçao de qualidade como elemento indispensável de um Brasil mais justo.
As únicas palavras que consigo imprimir nesse texto são de agradecimento, a todos os senadores e senadoras, em especial a Inácio Arruda e Fátima Cleide proponentes da emenda e companheiros eternos de lutas, a toda a direitoria das entidades que desde de agosto centraram seus esforços na luta pelos 50% do pré sal, e, acima de tudo, a todos os estudantes, lutadores e lutadoras, que nos acompanharam nas diversas manifestações organizadas pelas entidades, que estiveram ao nosso lado na Conferência Nacional de Educação e que militam no seu dia a dia por um Brasil Melhor.
O resultado de hoje mostra com clareza a força do movimento estudantil e nossa eterna capacidade de luta e de vitórias.


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